Porque será que nunca estamos felizes com nós mesmos?
A Influência da Sociedade e da família.
Vivemos numa sociedade que valoriza muito a aparência externa. Impondo de certa forma um padrão de beleza ideal. São diversos os meios de comunicação que nos ditam moda e ideais de beleza o tempo todo: revistas, jornais, televisão, cinema. Desfiles de moda e outdoors que valorizam mulheres e homens de corpos esculturais e rostos perfeitos.
Enfim, a mídia de modo geral vende a imagem de um “ideal” de perfeição de forma que as pessoas que não se enquadram neste “padrão” sentem-se não aceitas e excluídas do meio social.
A diversidade entre raças que é tão rica em um país, parece ser uma raridade hoje em dia. Porque as mulheres em sua grande maioria resolveram fazer a tal da progressiva nos cabelos. E onde foram parar as mulheres com cabelos afro com toda sua sensualidade e originalidade? As roupas também se tornaram todas parecidas e parece que temos sempre que seguir um padrão de roupa ideal. Homens e mulheres parecem padronizados. Sem nenhuma individualidade e quem procura manter sua individualidade é percebido como estranho, diferente e não aceito pela sociedade.
Não deveria ser ao contrário? Se a sociedade valoriza somente o que é belo e perfeito. Cria-se uma tendência natural nas pessoas de sentirem-se não aceitos e excluídos do convívio social por medo de serem criticadas.E quem mais ganha com esse culto obsessivo à beleza e à perfeição são as indústrias e comércios. Clínicas de estética e academias cresceram em quantidade e em faturamento. São vendidos produtos que prometem milagres pra todos os tipos de “imperfeições” estéticas. Exemplos: cabelos, gordura localizada, celulite, etc, etc…..Muitas vezes, os pais de forma inconsciente estimulam ou até mesmo pressionam seus filhos a cultivar excessivamente a beleza e a perfeição. Porque esses pais já foram criados também com esses valores.
Buscamos esta perfeição também de outras formas. Como por exemplo, quando buscamos incessantemente acumular riquezas como algumas pessoas bem sucedidas ou até mesmo adquirirmos objetos semelhantes aos nossos heróis. Com o objetivo de nos parecermos com eles de alguma forma. Consideramos os heróis da televisão e pessoas “importantes” como seres perfeitos: que nunca erram, só fazem coisas bonitas, ou seja, seres quase perfeitos!!! Será que eles existem?
Porque queremos ser o que não somos e ter o que na realidade não temos?
Fomos criados aprendendo que precisamos ser bonitos, fortes e perfeitos para ser “aceito” pelas pessoas. Para nos assemelharmos a esta suposta perfeição agimos assim em nossa vida: não admitimos nossos erros, não podemos perder ou fracassar no trabalho. Adquirimos bens materiais para mostrar aos outros que somos bons e possuímos status. Para fingirmos o que não somos, nos endividamos e geramos conflitos com as pessoas que amamos somente para parecer algo que na realidade não somos e quando a máscara cai. Percebemos que vivemos de aparência, deixando de lado a nossa essência. A cobrança pra se obter sucesso a todo custo criou uma grande massa da população que se sente perdedora por não alcançar o que a sociedade criou como um “ideal de perfeição”.
Precisamos nos conscientizar de que somos seres humanos passíveis de inseguranças, erros, impotências, simplesmente porque somos seres humanos. Os maiores ídolos e considerados heróis são vendidos como seres perfeitos. Mas quando na realidade temos vários exemplos de pessoas muito bem sucedidas e admiradas pelo mundo todo que cometeram vários erros. Mas parece que acreditamos que somos os únicos seres imperfeitos e que os heróis nunca erram…
O que escondemos atrás da constante necessidade de perfeição, beleza ou riqueza?
A verdade é que as pessoas que vivem em função de uma imagem ideal sentem dentro de si um imenso vazio e buscam suprir este vazio interno no mundo externo.
E que vazio é este?
Muitas vezes as pessoas não acreditam em seu próprio valor: acham que não são bons maridos, não acreditam ser bons profissionais e não se aceitam como são. Precisam da aprovação do outro para sentirem-se valorizados e buscam através da beleza ou do status, uma forma de compensação” de suas supostas fraquezas internas.
Pensando dessa forma, contaminamos nossas relações, geramos conflitos nos relacionamentos. Pois sempre estamos nos considerando como seres inferiores, valorizamos mais o “outro” do que a nós mesmos e, assim vivemos mergulhados em inseguranças.
E se não nos amamos tal como somos, como podemos acreditar que alguém que possa nos amar? Se nem sequer acreditamos que merecemos ser amados? E assim acreditamos que temos que fazer tudo certo ou sermos perfeitos já que o outro faz o favor de nos suportar!!!! É muito sofrimento…..
Quando exigimos de nós mesmos sermos pessoas importantes e vencermos a qualquer custo como se fôssemos super heróis. Estamos criando um vazio em nossa vida. Porque nem sempre saímos vitoriosos em todas as situações da vida e precisamos aceitar isso.
Quando não aceitamos nossa condição real de ser humano como um ser “imperfeito”. Nos sentimos frustrados, desvalorizados e não aceitos diante da sociedade e de nós mesmos.
Dessa forma, temos a tendência de nos isolarmos do convívio social por medo de errar, de engordar, decepcionar, ou seja, tentamos o tempo todo controlar nossos comportamentos e sentimentos nos afastando das pessoas. Esse acúmulo de sentimentos e comportamentos nos trazem uma sensação de vazio existencial que podem desencadear alguns transtornos psicológicos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, etc.
Como Mudar?
FORTALECENDO NOSSA AUTO-ESTIMA!
Essa busca incessante por uma perfeição é, sem dúvida a ausência de amor próprio. As pessoas que não acreditam em si mesmas precisam ser aceitas, reconhecidas e valorizadas, já que dentro de si não existe auto-confiança, necessitam desta aprovação externa. Dessa forma buscam na aparência uma “certa” segurança. Já que vivemos numa sociedade que associa beleza e aparência a pessoas de sucesso e seguras de si.
Para assegurarmos um aspecto físico atraente e saudável necessitamos de uma maturidade emocional. Ou seja, precisamos ter consciência plena de que não somos perfeitos nem física nem internamente e, ainda assim precisamos nos amar. Mudando o que precisa e pode ser mudado e aceitando o que não podemos mudar. Ter uma boa auto-estima é aceitar que temos pontos falhos, mas que isso não nos faz ser inferior e sim seres humanos normais.
Quando temos uma boa auto-estima nos posicionamos de uma outra maneira na vida. Nos damos o devido valor e conseguimos buscar coisas boas. Já quando nos sentimos inferiores, nos damos chances pequenas , já que não nos consideramos muito merecedores. Grande parte da beleza das pessoas vem de seu interior, já que quando estamos bem, o olhar brilha, a pele fica bonita e transmitimos alegria e confiança.
titulo
É importante e necessário que cuidemos de nossa saúde com a prática de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e saudável, porém, dentro dos limites.O importante é nos conscientizarmos que a valorização do estudo, do conhecimento e dos nossos valores internos como respeito, solidariedade, entre outros, não devem estar associados a aparência física.
Precisamos assim compreender que o mais importante para manter nossas conquistas é o nosso perfil de personalidade. A forma de lidar com as pessoas no dia-a-dia. A forma de conviver e lidar com problemas, além da maneira de se relacionar com o outro.Não se sinta excluído pela sociedade por não se encaixar num padrão de beleza e perfeição. Acredite mais na sua essência, pois a aparência é algo mutável e que se perde no tempo, mas a essência, que são nossos valores são eternos e infinitos…..
E ACREDITE:
Você se torna atraente sendo quem você é de verdade.
Independente das máscaras que estiver usando !!!!!
bonito é ser você!!!!!
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