Conhecendo e lidando melhor com o pânico
Como ocorre um ataque de pânico?
Uma pessoa tem uma reação intensa de medo apresentando uma crise de ansiedade a nível psicológico e físico sem que exista um fator externo que justifique.
A reincidência destas crises constitui a Síndrome de Pânicou conforme a CID: Transtorno de Pânico.
Como Identificar o Pânico e Suas Causas
Devem ser identificados 4 ou mais sintomas que se desenvolvem abruptamente:
Sintomas físicos:
Palpitações, Sudorese, Tremores, Sensação de falta de ar ou asfixia, Dor ou desconforto no peito, abdômen, náuseas, Tontura, sensação de desmaio, instabilidade, Formigamentos, Sensações súbitas de calor e / ou frio.
Sintomas psicológicos:
Impressão de que se é estranho a si mesmo, sentimento de irrealidade, medo de perder o controle, enlouquecer e medo de morrer
Duração:
De dez a trinta minutos aproximadamente
Incidência do ataque de Pânico em situações específicas:
- Quando não ocorrem de forma abrupta e espontânea (Transtorno de Pânico), os ataques podem ocorrer nos seguintes casos:
- Fobias específicas como a fobia social
- Uso de drogas
- Algumas doenças físicas
Início:
O transtorno de pânico pode iniciar na infância ou na idade madura, mas geralmente a maior incidência ocorre na faixa etária entre 20 e 35 anos.
Hereditariedade:
Existe a possibilidade de uma pessoa herdar o TP , porém, isto não ocorre necessariamente para todos os casos.
Distribuição por sexo:
E duas vezes mais frequentes em mulheres do que em homens.
Fatos desencadeantes, agravantes e atenuantes:
O TP pode ser desencadeado ou agravado por estresse físico, psicológico ou após o consumo de drogas.
Causas:
A causa do TP é portanto uma combinação de fatores genéticos e ambientais: há uma vunerabilidade biológica que somada à experiências da infância levam a uma fragilidade psíquica.
As drogas ajudam a manter os ataques controlados que diminuem a seretonina no sistema nervoso central.
A maioria dos indivíduos apresentam traços ansiosos de personalidade, mas não é uma premissa para ter o ataque, pois somente os fatores biológicos podem ser suficientes para provocar uma crise.
O indivíduo não consegue controlar o ataque por si próprio, já que existe uma predisposição biológica.
Dessa forma não deve-se cobrar uma reação do indivíduo neste sentido, pois esta atitude pode gerar no indivíduo um sentimento de baixa auto estima e desvalorização.
Complicações do Transtorno de Pânico
Complicações do TP quando este não é diagnosticado corretamente e tratado precocemente:
Ansiedade no intervalo das crises
Hipocondria:
Devido aos sintomas físicos intensos, o indivíduo pode desenvolver uma preocupação excessiva com doenças.
Fobias de situações:
O indivíduo desenvolve um medo irracional de um objeto ou situação (que normalmente não causa medo). Pode relacionar seus “ medos” a algo ou alguma situação específica evitando-as e limitando cada vez mais sua vida funcional.
Agorafobia:
Caracteriza-se pelo medo de ficar sozinho em casa, sair desacompanhado ou freqüentar lugares públicos (com aglomeração). Dependendo da gravidade existem indivíduos que cessam todas as suas atividades e ficam enclausurados em casa, mas mesmo assim precisam estar acompanhados por alguém que lhes dê segurança.
Insegurança e dependência:
O indivíduo passa a sentir-se extremamente dependente dos outros, perde sua liberdade de ir e vir, relações sociais e profissionais são abaladas e a cobrança da sociedade e dele próprio em relação a uma melhora pode fazer com que se sinta incapaz, deprimido e desmoralizado.
Alcoolismo e drogadição:
Em função do efeito de alívio e relaxamento que o álcool ou certas drogas podem trazer ao indivíduo, este passa assim a ser usuário de drogas e tornar-se alcoólatra na tentativa de aliviar os sintomas, o que piora o quadro.
Consequências econômicas:
Há desperdício de tempo e dinheiro em consultas com diversos especialistas médico e isto ocorre porque o médico não tem conhecimento sobre o problema de pânico, e desta forma não consegue realizar um diagnóstico preciso. Atualmente, em função de maior divulgação sobre o pânico os diagnósticos errados diminuíram consideravelmente.
Outras são: afastamento, demissões do trabalho, declínio ou afastamento acadêmico aposentadoria precoce devido a incapacidade funcional, não se engajam em empreendimentos futuros por causa das crises.
Consequências Sociais:
Por medo permanente de apresentarem as crises, o indivíduo recusam convites sociais com amigos, colegas de trabalho e há um isolamento social progressivo.
Consequências Familiares:
Inicialmente família e mais compreensiva ajuda o paciente. Porém, quando a melhora não acontece, é natural que os familiares comecem a pressionar o paciente para superar suas crises.
Vale a pena reforçar que o Transtorno de Pânico é uma disfunção fisiológica e assim como tal não pode ser controlada pela força de vontade.
Geralmente as fobias tornam o indivíduo dependente assim dos outros para desempenhar suas tarefas diárias, fato que acarreta muitas vezes uma sobrecarga aos familiares e sérios problemas conjugais.
É fundamental enfatizar a importância do apoio da família no sentido incentivar procurar um tratamento precocemente. Portanto Já que a reincidência das crises é que traz as complicações gerais do Transtorno de Pânico.
Como o psicólogo pode ajudar?
O psicólogo realiza uma assim avaliação inicial detalhada investigando a situação em que ocorreu, as sensações corporais, pensamentos e comportamento frente ao ataque de pânico.
Avalia-se assim também a personalidade do paciente a reação das pessoas próximas frente ao problema e as crenças do paciente sobre o problema.
O paciente portanto deve fazer um diário dos ataques de pânico, identificando as causas desencadeantes ambientais e emocionais. O psicólogo ensina ao paciente algumas técnicas de relaxamento e assim também técnicas respiração para aumentar a sensação de controle e aliviar os sintomas ocasionados pela intensa ansiedade e também a fazer exercícios físicos.
O paciente é estimulado a enfrentar os ataques de pânico, de forma que deve se expor gradativamente às situações temidas de forma sistemática e planejada com uma hierarquia de dificuldade planejada.
O paciente possui em sua memória as experiências negativas anteriores e por isso tem medo de passar mal. O psicólogo estimula e reassegura que nas novas exposições será portanto diferente e não terá crise de pânico. À medida que assim experimentam novas situações e não tem a crise vai se estabelecendo uma nova relação com a situação e após algumas poucas experiências positivas esquece do pavor. Vencendo os medos terá auto confiança
É aconselhável começar pelos medos menores maiores e progressivamente para os maiores, para evitar a ansiedade antecipatória.
Tratar a fuga fóbica para dar auto confiança e para que o paciente retorne às atividades normais de sua vida.
Corrigir suas crenças errôneas
Há outros problemas que devem ser focados no trabalho do psicólogo tais como: a dependência excessiva das pessoas mais próximas, a diminuição da auto estima e auto confiança, dificuldade no relacionamento interpessoal
O relacionamento do paciente com o psicólogo é assim muito importante para o sucesso do tratamento. Os remédios auxiliam o paciente, porém, este deve ser bem orientado e preparado pelo médico para que se sinta seguro e confiante.
Os remédios assim são capazes de bloquear os ataques e melhorar a “fuga” fóbica e a ansiedade antecipatória, sem prejudicar o desempenho cognitivo e motor.
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