A infidelidade é um fantasma cada vez maior nos relacionamentos monogâmicos, pois o medo de ser traído pelo parceiro (a) torna-se uma constante na vida de muitos casais nos dias de hoje.
A traição no contexto do relacionamento amoroso ocorre com mais frequência em alguns traços específicos de personalidade do parceiro que trai.
O sedutor
Um perfil de personalidade que é mais propício a ser infiel são aquelas pessoas egoístas, pois pensam somente em si e são indiferentes aos sentimentos do parceiro (a) na relação amorosa.
Apresentam dificuldade em tolerar as frustrações e preferem não “se arriscar” mantendo relacionamentos superficiais evitando o envolvimento sentimental.
Geralmente são sedutores. Cuidam excessivamente da aparência física e quase não dão atenção às necessidades afetivas do parceiro (a).
Não sentem remorso ou culpa, pois estão agindo da forma como acreditam que é certo e o foco é cuidar de si e do seu próprio bem estar. Vivem quase que individualmente dentro de uma relação a dois e traem quando desejam. São indivíduos que tem como desejo principal a sedução e o relação sexual em detrimento de qualquer vínculo sentimental ou ideal de família.
Imaturidade emocional x Infidelidade
Outro perfil de parceiro (a) infiel são aqueles indivíduos imaturos emocionalmente. Estes não sabem lidar com as crises do relacionamento: críticas, divergências, atritos, relações sexuais escassas e em meio a tanta turbulência sentem-se frustrados, indesejados, mal amados.
Geralmente são pessoas inseguras. com dificuldade de terminar a relação, medo de “perder” os filhos ou de enfrentar uma possível rejeição, sentem-se culpados e a infidelidade surge como o preenchimento de uma necessidade não atendida no relacionamento.
Sentem o desejo de trair. Mas tentam se controlar para não magoar o parceiro (a), analisando e ponderando, ou seja. Possuem certo nível de afetividade e sentimento em relação ao parceiro (a) atual e a traição somente ocorre quando a relação amorosa está muito abalada.
Histórico Familiar
Muitos destes indivíduos (principalmente os homens) se desenvolveram em um contexto familiar onde tiveram a referência de pais infiéis ou “machistas”. Que incentivavam seus filhos a “provar sua masculinidade” estimulando o sexo desvinculado dos valores sentimentais.
Geralmente os adultos infiéis de hoje foram crianças e adolescentes que não tiveram limites em relação à sexualidade vivendo relações sexuais prematuras e inconsequentes quando o momento ainda era o de “brincar”.
É importante que os pais orientem seus filhos no sentido de vivenciar as fases da infância e adolescência da melhor forma possível auxiliando-os a amadurecer. Cerceados de limites e com noções de responsabilidades a respeito da constituição de relacionamentos como o namoro, casamento e estruturação de família.
Quando desprovidos desta base familiar o indivíduo provavelmente terá dificuldades em se envolver sentimentalmente numa relação a dois, pois a sexualidade. Individualismo e insegurança ganham importância para ele impulsionando as relações extra conjugais para satisfação pessoal e satisfação sexual.
A Infidelidade para Homens e Mulheres
Os homens possuem um desejo sexual mais intenso e em função disso são mais susceptíveis a conceber relações amorosas desvinculadas de sentimentos visando assim somente a satisfação sexual. Já as mulheres dificilmente mantém uma relação amorosa a longo prazo somente por sexo. Pois se envolvem emocionalmente nas relações. Para elas a relação sexual não é o ponto crucial do relacionamento, pois sentem a necessidade de se sentirem amadas, desejadas e admiradas.
Como e em que situação conseguiremos superar a traição?
A traição não será a solução para os problemas do casal e na maioria das vezes é apenas uma “fuga emocional” para não enfrentarmos algum desajuste do relacionamento de frente.
A infidelidade traz muita dor para quem foi traído, mas pode ser a grande chave para que os parceiros possam portanto resolver alguns problemas no contexto do relacionamento que sempre existiram. Mas ambos não conseguiram resolver talvez pelas suas próprias inseguranças e dificuldades individuais.
Quando a infidelidade ocorre somente assim para satisfazer a si próprio sem motivação aparente. O resgate da relação é mais difícil. Pois o indivíduo egoísta geralmente não quer mudar e acredita que está certo. Já no caso do indivíduo que se envolve sentimentalmente na relação. Pode se estruturar psicologicamente para aprender a enfrentar seus medos e dificuldades de lidar com o parceiro (a) na relação.
É preciso procurar ajuda profissional. A assim psicoterapia de casal irá auxiliar no autoconhecimento dos parceiros provocando mudanças em relação às expectativas e necessidades de cada um. Além de ser muito enriquecedor para o contexto da relação no futuro,
A infidelidade assim pode ser a oportunidade de auxiliar o casal a “se encontrar novamente” e a relação pode ser redimensionada se estiverem dispostos a tentar mudar algumas características individuais e conduzir de uma forma diferente a relação amorosa. E lembre-se que numa relação de casal a responsabilidade dos problemas inerentes à relação é sempre dos dois independente dos motivadores individuais.
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